Ir trabalhar no Japão é o sonho de muitos jovens e pais de famílias de brasileiros e nipo-brasileiros e até dos ex-dekasseguis (os brasileiros descendentes de japoneses que já foram ao Japão como trabalhador não qualificado, e voltaram por algum motivo). A Agência de Empregos no Japão – Itiban, uma empresa brasileira com sede em Maringá, com filiais em várias cidades no Brasil e países como Peru e inclusive no Japão, possui muitas ofertas de empregos em todo território japonês.
E estima um aquecimento de empregos nas indústrias manufatureiras, principalmente nos setores de produção de automóveis (autopeças) e de aparelhos eletrônicos. Muitas empresas japonesas tentam diminuir o custo com a mão de obra, por um lado reduzindo o número de empregados em tempo integral e, por outro, mantendo uma tendência de garantir a mão de obra necessária com trabalhadores estrangeiros contratados por empreiteiras.
A imigração brasileira no Japão começou na década de 1980 e se fortaleceu uma década depois (1990), com o êxodo rural brasileiro para o Japão, como quando a terra do sol nascente se deparava com falta de mão de obra para as fábricas e indústrias. A reforma da política de controle imigratório do Japão promulgada em junho de 1990 foi um dos eventos mais marcantes para o Movimento Dekassegui de brasileiros ao Japão. Foi através desta política imigratória japonesa que muitos brasileiros de origem nipônica podiam e passaram a trabalhar no Japão legalmente.
“A previsão de crescimento em 2019 é de 20% a ida de brasileiros para o Japão trabalhar”, afirma o executivo Kleber Ariyoshi da Agência Itiban – Agencia de Empregos no Japão, a maior agência do setor no Brasil. Segundo ele, a previsão para até 2020 é de alta contratação. “Apesar de todas as dificuldades com o idioma, adaptação, o brasileiro ainda é considerado e visto pelos empresários japoneses como o melhor trabalhador entre outras nacionalidades”, assegura Ariyoshi.
“O serviço prestado pelo brasileiro é considerado o de melhor qualidade e o mais requisitado pelas empresas japonesas”, destaca o executivo brasileiro. De acordo com o executivo, os tempos mudaram, diferentemente da década de 1990 que o pai de família dividia a família, viajava sozinho para o Japão, passava três anos para juntar dinheiro e voltava para o Brasil. Hoje, politicamente correto, o perfil mudou, a família inteira viaja juntos para o Japão. “As Empreiteiras estão se adaptando com uma nova infraestrutura para receber essas famílias não só para o trabalho, mas também com moradias, escolas em português como Escola Pitágoras, UNIP, Alegria de Saber”, garante Kleber.
Para o Cônsul Geral do Japão em São Paulo, Yasushi Noguchi explica que,” tecnicamente, o Japão é um país em pleno emprego, o índice de desemprego, de 2,8%, é o menor dos últimos 22 anos. O que falta no Japão é mão de obra”. Segundo ele, o país está lentamente saindo da recessão política econômica, se recuperando dos reflexos da crise financeira internacional. “O Japão é a terceira maior economia do mundo, ficando atrás da China, em segundo lugar, e dos Estados Unidos, em primeiro. Com o PIB per capita de 38 trilhões de dólares, é o segundo maior país desenvolvido do mundo. Com uma população que envelhece e encolhe 94 mil habitantes por ano, o Japão necessita muito da mão de obra estrangeira”, destaca.
“A tecnologia, as exportações, um dos componentes que mais contribui para a sequência expansiva da economia nacional, também se viram afetadas pelas interrupções na produção e no fornecimento da indústria japonesa causada pelas catástrofes naturais”, explica. “Nos últimos anos, o Japão está em evidência, o turismo cresceu através da propagação nas redes sociais, o que atrai muitos estrangeiros por sua gastronomia e natureza”, afirma.
De acordo com o cônsul Noguchi, estima-se que tenha hoje 200 mil brasileiros radicado no Japão. O aumento de solicitação de visto a trabalho poderá aumentar até 2020 impulsionados pelos jogos olímpicos em Tóquio.
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