“Pare de pegar no pé da comunidade (nipo-brasileira), Silvio!!” Dirão alguns leitores, como já fizeram outros, em passado longínquo de forma… injusta!
Injusta porque, após já ter escrito mais de mil artigos em 26 anos e nem em vinte delas ter abordado tais assuntos, ou seja, nem 2% do total, não se pode afirmar que pego no pé da comunidade. Né, não?
Longínquo porque minhas referências sempre foram vinculadas às eleições que ocorrem a cada 2 anos, alternados, mas por perceber que “falava sozinho”, cansei!, resolvi “lavar as mãos”, não mais abordar o assunto. Meu último foi, “Seremos todos culpados?”, em 2012.
A razão das referências às eleições é porque nessas épocas é que fica mais evidente o quanto as lideranças comunitárias se preocupam verdadeiramente com a comunidade… e vice-versa.
O sucesso dos eventos de grande porte, e mesmo dos de pequeno, não são indicadores de que “tudo vai muito bem, obrigado”, na comunidade. Os próprios organizadores sempre penam quando dão início aos planejamentos dos seguintes. A sorte é que uma das posturas herdadas dos ancestrais ainda permanece muito forte, que é o voluntarismo, sem o qual seria impossível concretizá-los… somado ao forte interesse da sociedade brasileira pela cultura, arte e culinária japonesa; até tornando para muitos, bom negócio, isso sim.
Mas… se cansei de abordar o assunto, por que retomá-lo agora?
Pois é. A primeira razão, e a mais importante, tem a ver com o título deste, de o Brasil estar correndo sério risco de esquerdização já nas eleições deste ano. Vendo o que já está ocorrendo aos países recém dominados pela esquerda, como nossos vizinho Argentina, Chile e Colômbia, além de França, Alemanha, Espanha e Portugal, Canadá e até os EUA, não poderia ficar calado agora.
Como, na média geral, a comunidade nipo-brasileira é das de melhor formação no Brasil… mas, ao contrário, não das mais esclarecidas, retomo o tema que gerou ser chamado de “pegar no pé”!… rs.
E o faço começando por outra postura que a comunidade também herdou dos ancestrais, que é o miê (aparência, no sentido de status) que a justifica estar mais para alienada em relação aos problemas do país e até da própria comunidade.
Pois bem. Junho e julho sempre marcam as realizações dos grandes festivais do Japão por todas as regiões onde são marcantes a presença da comunidade nipo-brasileira e, neste ano, com os candidatos nikkeis já “mostrando as caras” nelas. Normal.
A questão de “pegar no pé”, quando o faço… rs, é que os organizadores estão mais preocupados com a repercussão de seus eventos (miê) e os nikkeis, como sempre, trabalhando muito no dia-a-dia, também em busca do status (miê).
Pois bem, se continuarem assim e a esquerda nos dominar, de nada valerão esses esforços assim direcionados. É chegado a hora de se pensar no todo, de não se permitir alienar, de pensar mais no bem da comunidade e, por consequência, no bem do Brasil.
Repito… de artigos anteriores, que o nikkei não tem obrigação de votar em candidatos nikkeis, mas as entidades têm, de trabalhar para que sejam eleitos a fim de terem representantes nas Casas Egrégias, de forma a, ao menos, facilitarem a concretização de seus… miês; e os nikkeis, todos, não correrem o risco de, em vez de passearem com seus cachorros, terem de comê-los, depois!
Aos Bunkyôs, de modo geral, repetindo também de meus artigos, pergunto: de que adianta realizar debates a uma semana do pleito com presença de apenas assessores e parentes dos políticos convidados? Isso também é apenas por miê… se é que me entendem.
A comunidade tem um poder imenso, mas parece não ter noção disso! Poderia estar contribuindo mais efetivamente à Nação. Né, não?!
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