Não era bem assim que pretendia iniciar o ano, mas… culpa do Papa!… rs, por aquela cena que rodou o mundo, dos tapas que deu na mão da chinesa que apenas queria uma benção a seus compatriotas, revelando a outra face dele ainda desconhecida pela maioria… que não lê!
Mas o que tem a ver Ataulfo e meu neto com isso, conforme intitulei esta Krônica? Aparentemente, nada! Explico.
Desde que me conheço por gente, sempre me achei um… crítico!, consequência do senso observador, que não sei de quem herdei, principalmente, aos comportamentos das pessoas.
Justamente nessa época uma música de Ataulfo Alves (Meus Tempos de Criança), “pegou-me” de jeito. Quem, da minha geração, não se recorda daquele começo? “Eu daria tudo que tivesse, pra voltar aos tempos de criança. Eu não sei por que a gente cresce…”
Não penso mais assim. Fiquei adulto, calejado. Por isso, quando escrevi uma Krônica sobre violência urbana (Era Tudo Ilusão, 2005), comecei-a assim: “Quando criança, achava que padre não pecava, professor sabia tudo, médico curava qualquer doença, policial não roubava, correio cuidava apenas de correspondências, padaria fazia apenas pão, barbeiro apenas barba e cabelo, etc., etc… Até que um dia, eu cresci!”
E continuei crescendo! Com isso, com essa lista se ampliando, fui dando nomes a cada um daqueles “eteceteras”, tais como político, juiz, procurador e até presidente… se é que me entendem.
Agora, com a inserção do papa, a lista se fechou… acho!
Ele já mostrara sua cara, lá no comecinho, quando abriu largo sorriso ao ganhar um crucifixo de ouro, de Evo Morales, em formato de martelo que compunha com uma foice o símbolo comunista. Mas quem se lembra, né? Sem contar as bruscas tiradas de mão de todos que a querem beijá-la.
E o neto com isso?
Pois é. Este réveillon, passei com ele. Quatro dias esplêndidos! Também com esposa, filho, nora e pais dela! Com tantos dias juntos, algo notável tinha de acontecer.
Num certo momento, não me recordo a razão, o netinho falou que não queria crescer!!
Como assim?! Nem três anos, ele tem!!
Deixe seu comentário