24/05/1996
Quando era jovem, como todo mundo, tive uma turma! Éramos em sete!
Por mais que trouxéssemos algum acompanhante, lá estávamos nós, os sete!
Mas onde há um grupo de mais de dois, um sempre se destaca em algum aspecto. Não fugimos à regra. Tinha um que nunca chegava na hora a qualquer compromisso.
Tá certo que chegar na hora, no Brasil, é que parece estranho. O curioso é que esse colega atrasava sempre, no mínimo, meia hora.
Solução: apenas para ele marcávamos uma hora antes. Touché!
Passaram-se os anos. A turma praticamente se desfez. Novos amigos, novos colegas de trabalho.
Alguns anos atrás, tive um sócio que sempre me remetia muito àquele colega da turma dos sete.
Ele conseguia atrasar-se até às reuniões no próprio escritório… comigo. Quando visitávamos algum cliente então… batata!
No começo ficava constrangido porque, recém-chegado do Japão me desacostumara. Mas a readaptação foi rápida porque os próprios clientes sempre nos recebiam com naturalidade.
Certo dia, convenci o sócio a sairmos mais cedo para um compromisso. Se não surgisse nenhum imprevisto causado por nosso caótico trânsito – a grande desculpa dos atrasadinhos – chegaríamos dez minutos antes da hora marcada, tal qual faz o japonês só para ser mais britânico do que o próprio.
Chegamos quinze minutos antes!
No momento em que nos anunciávamos à secretária do cliente, ele, que passava pela recepção naquele momento, vendo-nos, chamou-nos de imediato.
Como quinze minutos foram suficientes para concluirmos nossa conversa, despedimo-nos dele na hora que deveríamos iniciar a reunião.
Com isso, pudemos partir para outra… bem como o próprio cliente.
Ou seja, chegar cedo, ou na hora, tem suas vantagens… além do respeito a outrem.
Mas… nessa nossa terrinha, não me iludo. Sei que se tratou apenas de uma agradável coincidência.
Pois é… Voltamos à rotina!
Isto é… ele! Eu não! Ainda teeeento… chegar aos compromissos dentro do horário.
E você, colega?!
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