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Exposição coletiva em Ilha Solteira apresenta panorama da produção nacional de cerâmica

"Trata-se de uma obra ambientalmente correta pelo uso da matéria-prima argila e por inspirar-se em temas da natureza. É também socialmente justa, porque permite compartilhar meus conhecimentos", diz Cibele Nakamura. (Foto: Divulgação)
Terceira mostra do Projeto Trilhar – A Arte que Transforma, conta obras de 13 ceramistas. A mostra “Cerâmica Sustentável – Da Terra Ao Objeto Mulheres Ceramistas” segue aberta até 26 de novembro de 2022 no Museu e Sala de Convenções “Nara Lúcia Nonato”, em Ilha Solteira, no interior de São Paulo.Com curadoria de Fernando Zelman e obras das artistas Adri Lang, Alexandra Camillo, Cibele Nakamura, Fátima Rosa, Germana Arthuso, Heloisa Alvim, Paula Unger, Rosylene Pinto, Sandra Spinelli, Solange Mano, Stela Kehde, Suca Mazzamati e Zezé Pedroli, essa é a terceira mostra do “Projeto Trilhar – A Arte que Transforma”. A primeira foi realizada em junho, com a exposição fotográfica de Araquém Alcântara; e a segunda em agosto, com a mostra de marchetaria do artista e educador social Danilo Blanco. Serão quatro eventos ao todo, até o fim do ano.Com patrocínio incentivado da CTG Brasil, uma das líderes em geração de energia limpa no País, a exposição conta com peças de 13 artistas de diversas regiões, selecionadas entre mais de 220 ceramistas, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. A proposta é conectar o público visitante com a arte da cerâmica nacional, por meio das diferentes propostas, com técnicas e linguagens distintas. O evento conta com apoio da Atlas Cerâmica.
Cerâmica e História no Centro-Oeste PaulistaA cerâmica é uma das principais técnicas artesanais presentes em todos os recantos do país, e na Estância Turística de Ilha Solteira não seria diferente. Muito antes da formação da cidade e do período colonial, já havia na região uma grande produção de cerâmica, confeccionada pelos indígenas, em especial pelas mulheres da etnia dos paiaguás.

 

“A obra é totalmente intuitiva”, contextualiza Adri Lang. (Foto: Divulgação)

Grupo indígena extinto, os paiaguás eram nômades dedicados à coleta e à caça, e mestres na arte da navegação. Achados arqueológicos comprovam a produção de cerâmica, com alto valor artístico em sua estética, a partir da argila, de variados tipos, retirada dos rios da região da Ilha Solteira.Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o solo da Ilha Solteira é considerado “argiloso”, o que significa que essa terra contém alta concentração de argila de três tipos, com destaque para a argila vermelha e a preta, próprias para a confecção de artefatos cerâmicos. Sendo assim, justifica-se a cerâmica ser uma prática tão antiga nesta região.“Estamos muito felizes com essa oportunidade de desenvolver, em Ilha Solteira, um projeto como o Trilhar, que trabalha simultaneamente em várias frentes de arte e cultura, propondo deixar um legado para o município”, afirma Salete da Hora, diretora de Marca, Comunicação & Sustentabilidade da CTG Brasil.

“As ações culturais e educacionais do Trilhar buscam proporcionar benefícios à comunidade e evidenciam a responsabilidade social e o compromisso em contribuir para o desenvolvimento da região”, explica Leila Cristhiane Miranda Gazzaneo, Produtora Executiva da Weimar.

 

“Água e a energia como bens naturais na cerâmica”, afirma Fátima Rosa.(Foto: Divulgação)

Sobre Fernando ZelmanCurador, produtor e gestor cultural, atuou como gestor curador em diversas instituições culturais, com destaque para a Secretaria Municipal da Cultura de São Paulo (SP), Aliança Francesa, Galeria Pontes e como curador convidado do espaço de exposições temporárias do Museu da Língua Portuguesa e do Conjunto Nacional, todos em São Paulo (SP).Realiza curadoria em artes visuais, fotografia, cinema, moda, design, arquitetura, gastronomia, e nos últimos anos tem se dedicado à cerâmica artística e artesanal. Foi curador da Livraria Cultura em cerâmica; curador assistente do Festival do Minuto da Holanda; curador do Ano do Brasil em Portugal na cidade de Abrantes; produtor de exposições internacionais da Aliança Francesa, em São Paulo (SP).Promoveu projetos expositivos e educativos em espaços como Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo e Distrito Federal, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu da Diversidade, Museu Lasar Segall, Museu do Futebol, Instituto Cervantes, Casa das Rosas, entre outros espaços paulistanos.Os projetos realizados por Zelman foram patrocinados, promovidos e apoiados por empresas públicas e privadas, do Brasil e exterior, como Banco do Brasil, governo do Estado São Paulo, governo do Estado de Alagoas, consulados e embaixadas da França, de Portugal, dos Países Baixos, e Dudalina, Vans, Rádio Jovem Pan, Kraft Foods Lacta, Sebrae, Senai, Senac, Payot, Singer, Editora Senac, São Paulo Fashion Week, Editora Cosac Naify, Livraria Cultura, entre outras. Pesquisador, nos últimos 10 anos tem se dedicado à cerâmica, viajando pelo país, tendo já mapeado quase mil artistas e artesãos, em visitas a ateliês e comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas, e a países como: Reino Unido, Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai, México e Portugal.Em cerâmica, os resultados dessas pesquisas foram apresentados em mostras e exposições, com excelente frequência de público, em instituições paulistanas, como Cultura Inglesa, A Casa − Museu do Objeto Brasileiro, Centro Cultural Olido, Conjunto Nacional e Museu de Arte de São Paulo (MASP). Atualmente é diretor conselheiro da Associação Paulista Viva e trabalha na inserção de acervo público artístico na cidade de São Paulo, junto ao Metrô, Companhia de trens (CPTM) e SPTrans, tendo obras públicas já inauguradas na Estação Palmeiras Barra Funda, no Terminal Vila Nova Cachoeirinha, e outras em fase de projeto, nas Estações República, Luz e Vila Olímpia.

Sobre as mulheres ceramistasAdri LangEmbu das Artes, SP“Minha arte é totalmente intuitiva, deixando fluir algo que já está pronto, mensagens do inconsciente, relacionadas com a minha terra natal, a infância no Mato Grosso do Sul, com a natureza, especialmente as árvores, tema frequente de minhas criações. As mulheres-árvore também são a minha marca registrada, representando a força e a resistência da mulher, que gera a vida e dá continuidade à espécie”.Instagram: @adrilang.ceramicasAlexandra CamilloCampo Grande, MS“Minha obra remete ao movimento natural da água e do vento, tem a cor da terra, com formas que levam à contemplação. Ter a natureza por perto nos faz refletir sobre o uso adequado, o consumo consciente, o respeito. Utilizamos argilas de extração certificada. O ateliê é abastecido 100% por energia solar, toda água utilizada no processo de manuseio do ateliê é permeada ao solo após passar por caixa de decantação”.Instagram: @alexandracamilloarte @ateliealexandracamillo
Cibele NakamuraSão Bernardo do Campo, SP“Minha arte é sustentável por natureza, pois apoia-se no tripé básico do conceito de sustentabilidade. Trata-se de uma obra ambientalmente correta pelo uso da matéria-prima argila e por inspirar-se em temas da natureza. É também socialmente justa, porque permite compartilhar meus conhecimentos. E ainda é economicamente acessível”.Instagram: @cibelemsnakamura @cibele_nakamuraFátima RosaSanto André, SP“Trabalho com a cerâmica, utilizando com consciência e eficiência os materiais e bens naturais como a água e a energia, e também reciclando e reutilizando materiais e massas cerâmicas. Criei a obra “Outono”, nela impregnando os movimentos da natureza, a lenta mudança da estação, a passagem do tempo, a despedida das folhas verdes, dando lugar às cores amareladas, laranjas e marrons, e que vão secando, rasgando… onde suas nervuras são as últimas despedidas”.Instagram: @fatimarosa3193Germana ArthusoParaty, RJArtista plástica, há 22 anos trabalha com cerâmica e vidro em obras de arte e design. A sua obra VOO SAGRADO foi inspirada nas garças que pousam no atelier em busca de alimentos, devido ao desmatamento. A obra foi confeccionada com materiais provenientes do descarte urbano e realizada com processos e tecnologias de baixo impacto ambiental. Obra-manifesto, um grito de alerta e sensibilização em torno das questões ambientais.Instagram: @germana_arthuso @atelier_artusoHeloisa AlvimRio de Janeiro, RJ“Expresso meus sentimentos por meio de desenhos desde os 5 anos. Era como recontava minhas histórias. Fiz teatro, curso de cerâmica, desenho acadêmico e ilustração botânica. Decidi trilhar para sempre o caminho da cerâmica aos 22 anos, quando fiz minhas primeiras exposições. Amo brincar com os limites e as possibilidades de transformação da terra e das cores por meio do fogo. Essa é a razão da minha paixão. Criar, para mim, é uma necessidade. Minhas obras são poemas da minha vida que amo dividir com o outro”.Site: www.heloisa-alvim.comInstagram: @heloalvimPaula UngerSão Paulo, SP
Paula Unger fez pesquisas sobre texturas naturais, como rochas, cascas de árvores, pedras, como as do Grand Canyon, montanhas do deserto do Neguev, Cordilheira dos Andes, Serra da Mantiqueira, entre outras. Diante de suas inúmeras criações e com base na somatória de seus vários projetos, hoje em dia, simplificou e estilizou estas formas, agregando, ainda, novos temas coerentes à sua história e experiências, relacionadas à vastidão do Universo e da existência de outros mundos e seres.Instagram: @espacopaulaungerRosylene PintoCuiabá, MTOs primeiros contatos com o universo artístico de Rosylene Pinto se deram por meio do seu pai, um excelente desenhista autodidata, e de sua avó materna, que produzia peças utilitárias em cerâmica. Em 1999, iniciou sua trajetória artística com pintura em tela. Hoje, além da pintura, trabalha com esculturas em cerâmica figurativa, xilogravuras, desenhos e fotografia.Instagram: @ateliecasafuzuedasartesSandra SpinelliSão Paulo, SPCom trabalho pautado na sustentabilidade e a escolha de material 100% reciclável apresenta desenhos feitos com esmero e acabamento mais rústico, conferido pelo óxido de ferro em uma conversa com a sofisticação dos vidrados, o que resulta em identidade especial às suas peças.Instagram: @sandrahspinelli
Solange ManoItaipava, RJSolange Mano, em trinta anos de uma carreira vitoriosa, participou de exposições, workshops e seminários no Brasil, na Europa e na América Latina. Criou no Facebook o Dia do Ceramista em 2012; hoje, a data é comemorada em vários países do mundo como Potter’s Day. Em 2021, recebeu o título de Embaixadora de Turismo do Rio de Janeiro, com o objetivo de divulgar a cerâmica de atelier no Brasil. Para Solange, o barro nos leva a trabalhar de várias maneiras: “Criamos o espaço interno, brincando com o externo. Forma, volume e cor resultam do pensar e do fazer, sem deixar à parte o seu lado poético”.Instagram: @solangemanoStela KehdeSão Paulo, SPQuímica de primeira formação acadêmica e pesquisadora, caminho que segue na cerâmica testando técnicas, vidrados e queimas diversas. Cursou Artes Visuais no Instituto de Artes da Unesp em São Paulo, onde conheceu e se apaixonou pela cerâmica. Seu trabalho é voltado para esculturas de fé. Apresentou a exposição “Santos devocionais – barro com fé” em vários estados brasileiros, sendo a última no Museu de Arte Sacra de São Paulo. Atualmente, ministra cursos de cerâmica e oficinas sobre queimas no seu atelier.
Instagram: @stelakehdeSuca MazzamatiLagoinha, SPParticipa de exposições coletivas desde os anos 1970 no Brasil e no exterior. Suas principais exposições individuais foram realizadas em São Paulo (1988-2005), Itajaí (1990), Veneza (1989) e Lisboa (2008). Conquistou o primeiro prêmio na V Bienal de Cerâmica na Argentina (2013). Em 2018, participou da Bienal da Cerâmica no Centro Cultural Olido e da Contemporary Ceramic Exhibition no Centro Brasileiro Britânico, espaços paulistanos. Proprietária do Ateliê 26, espaço de arte e agroecologia em Lagoinha, SP, desde 2017, onde dá aulas de cerâmica, recebe grupos e desenvolve seu trabalho artístico e de agroecologia.Instagram: @sucamazzamatiZezé PedroliCampo Grande, MSAo criar suas peças, inspira-se na natureza, com formas orgânicas, confortáveis ao toque, levando ao espectador uma experiência sensorial ao percorrer as curvas e contornos suaves e harmoniosos. Utiliza processos de trabalho que incluem reaproveitamento de materiais de forma a minimizar o descarte e a preservar a natureza.Instagram: @mazeceramicaSobre o Projeto TrilharA iniciativa leva o público a percorrer os caminhos por onde a arte transforma os vários elementos da terra em obras de extrema beleza plástica (fine art) e a tomar contato com processos que transmitem a sustentabilidade (economia criativa). O “Projeto Trilhar – A Arte Que Transforma” será composto por quatro exposições, além de palestras e oficinas culturais, na cidade de Ilha Solteira.A primeira foi a exposição “Águas de Araquém”, do fotógrafo Araquém Alcântara, com curadoria de Rubens Fernandes Junior. A segunda é a mostra de marchetaria de Danilo Blanco. E a terceira será uma coletiva de ceramistas, com curadoria de Fernando Zelman e a quarta será composta por todos os alunos do ensino fundamental I, fazendo parte do educativo com a Coordenação educativa de Helena Cruz.O projeto conta com patrocínio incentivado da CTG Brasil (concessionária da Usina Hidrelétrica Ilha Solteira), produção executiva da Weimar Empreendimentos Artísticos Ltda e realização do Ministério do Turismo e da Secretaria Especial da Cultura.Sobre a Cerâmica Atlas: A Pastilha do BrasilQuando foi fundada, nos anos 60, por Geraldo Ricciardi, empresário de grande visão e ousadia, a Cerâmica Atlas iniciou com a fabricação de pastilhas de porcelana, portfólio que só cresceu durante décadas até se tornar o principal player desse segmento, oferecendo revestimentos a partir de 2,5 cm.Em mais de 5 décadas de trajetória, alcançou alto nível de qualidade, volume, variedade de formatos, texturas e cores, que são atributos reconhecidos pelo mercado brasileiro e internacional. O investimento em soluções aprimoradas faz parte dos objetivos da Cerâmica Atlas. Em razão de sua ampla expertise na área de desenvolvimento, seus produtos estão presentes nos principais projetos de fachadas, piscinas e ambientes residenciais internos e externos.Pouco a pouco, ingressou também na área de revestimentos cerâmicos, usufruindo dos benefícios da tecnologia ao adotar a impressão digital em alta definição, se tornando também referência em peças maiores, com pisos de até 30 x 30 cm.Com sede na cidade de Tambaú, no interior de São Paulo, a Cerâmica Atlas tem o orgulho de ser 100% nacional, brasileira e faz questão de incentivar diferentes tipos de ações de cultura e sustentabilidade, que estimulam e valorizam a nossa sociedade.
ServiçoProjeto Trilhar – A Arte que transformaExposição “Cerâmica Sustentável – Da Terra Ao Objeto Mulheres Ceramistas” das artistas Adri Lang, Alexandra Camillo, Cibele Nakamura, Fátima Rosa, Germana Arthuso, Heloisa Alvim, Paula Unger, Rosylene Pinto, Sandra Spinelli, Solange Mano, Stela Kehde, Suca Mazzamati e Zezé Pedrolicuradoria de Fernando ZelmanVisitação: Até 26/11/2022Horários: Segunda a sexta, 8h às 17h; sábado, 14h às 22h; e domingo, 16h às 20hLocal: Museu e Sala de Convenções “Professora Nara Lúcia Nonato”Praça dos Paiaguás, 135, Ilha Solteira (SP)Site: www.weimarcultural.com.brSobre a CTG BrasilA CTG Brasil trabalha para desenvolver o mundo com energia limpa em larga escala. Uma das maiores geradoras de energia do País, conta com a dedicação de seus talentos locais e está comprometida em contribuir com a matriz energética brasileira, pautada pela responsabilidade social e respeito ao meio ambiente. A empresa tem investimentos em 17 usinas hidrelétricas e 11 parques eólicos, com capacidade instalada total de 8,3 GW. Criada em 2013, é parte da China Three Gorges Corporation, uma das líderes globais em geração de energia limpa.

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