Você já deve ter ouvido falar em colecionadores de moedas, figurinhas, selos dos correios, cédulas antigas, mas para o nipo-brasileiro Plínio Tsunekazu Sano de 82 anos de idade, morador de Vila Isabel em Osasco, na Grande São Paulo, tem como hobby, um hábito bem incomum de colecionar muitas coisas, porém sua paixão, pasmem, é de colecionar cachaça. Ele tem em seu “museu particular” mais de 3.500 garrafas de cachaças de diversos títulos catalogados por idade, título e procedência, inclusive de países como Paraguai, Cuba, Argentina, Chile, Grécia. Ele também coleciona carros antigos, moedas, lápis de cor da sua infância e saquês estão entre os itens do colecionador no amplo subsolo em sua residência, construído por ele mesmo.
Em entrevista ao Portal Oriente-se, o colecionador Plínio Tsunekazu Sano destaca a importância de colecionar objetos, em especial a cachaça e carros antigos. “A importância para mim é afetiva, pois desde pequeno no interior de São Paulo, em Onda Verde onde nasci, região de São José do Rio Preto sempre tive o costume de colecionar lápis de cor, e outros itens têm uma importância imensurável”, diz. “Aos 17 anos comecei a colecionar cachaça, não bebo, mas sou fascinado pelos rótulos das bebidas. Por onde viajo trago uma ou mais garrafas da ‘água que passarinho não bebe’, hoje tenho mais de 3.500 garrafas em meu acervo”, confessa o colecionador.
Durante o bate papo informal, Plínio mostra as raridades como a mais antiga da Ypióca Excelsior de 1957, apreciada cachaça Havana, os mais de 60 exemplares desde a mais simples a clássica da cachaça 51 Pirassununga com diferentes rótulos inclusive como 51 Assinatura Smoked (com malte e extrato de carvalho), a cachaça Velho Barreiro Diamond, a Pinga em Mim (edição limitada do Sergio Reis). “Esse meu acervo, cada garrafa de cachaça, de pinga ou aguardente tem muita história para contar, manifestações culturais que estão estampadas nos rótulos de cada garrafa.
Além dos segredos dos alambiques, outro fato interessante é a litografia e as artes que envolvem as garrafas, é espetacular!”, destaca Sano com brilho nos olhos e o fascínio pelo hobby que vem da roça.
Quando questionei o que difere ele dos demais colecionadores de cachaça, ele foi enfático e esbanjando simpatia: “Eu não bebo! (risos…), só tenho o prazer de colecionar. Para mim é uma atividade absolutamente normal, e proporciona uma higiene mental, passo horas embalando e arrumando as prateleiras onde exponho as raridades. Depois que aposentei a minha admiração, a paixão ficou mais intensa, pelos carros e literalmente por colecionar cachaça”, expressa Sano.
Detalhe, não bebe nada alcoólico e nunca bebeu nem quando jovem. Ou seja, todas as garrafas estão cheias.
Da cachaça aos carros, o colecionador lista o que adquiriu ao longo dos anos com muito orgulho exibe seu belíssimo Ford A 1929, um calhambeque conversível em perfeito estado de conservação, com uma buzina potente que lembra as novelas de época.
No acervo constam; uma Chevrolet 3.100 de 1950, um caminhão Chevrolet 1951, uma Caravan 1990, um Nissan Sylvia 1992, um Fusca 1978, Jipe 1976, um Mitsubishi Expo 1973, um Lexus 1993 (faz arrancadas em Interlagos), Opala 1993 (faz arrancadas em Interlagos), Corola 1996, Chevy 500 1990, Subaru Legace 1993, Rural 1967, F75 1981/1975, L200 2006, Hilux 2015 e uma CB 450 Custom 1984.
Conforme Sano o seu propósito é a realização de um sonho concretizado.
“Ainda bem que minha esposa Rosa aprova meu Hobby de guardar, organizar, selecionar, trocar e expor diversos itens, em função de meus interesses e realização pessoal”, conclui.
Duarante a visitação ao acervo particular do Sano esteve presente o Coordenador do Programa Nossa História e Ex-secretário de Cultura de Osasco, Sebastião Bognar que elogiou o acervo.
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