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Chá com Arte traz a “Vida e Arte de Tomoo Handa” evento gratuito

Pintor, escritor e professor, Tomoo Handa também foi um dos principais intelectuais da colônia japonesa. (Foto: Divulgação)

Reúna os amigos e venha passar uma tarde descontraída no bate papo na edição especial e comemorativa do “Chá com Arte”, com o tema a “Vida e Arte de Tomoo Handa” promovida pela Comissão de Artes Plásticas do Bunkyo.  O evento será realizado no dia 3 de agosto (sábado), às 16h, no Tochigi Kenjinkai (R. Capitão Cavalcanti, 56 – Vila Mariana / SP) .

A edição especial contará com a participação de quatro convidados: Allan Yzumizawa e Anna Ligia Pozzetti, ambos estudiosos sobre as obras do artista, e Hiro kai e Pedro Handa, que falarão sobre a vida e particularidades não só do artista, mas também escritor e intelectual (confira a biografia dos participantes em seguida).

O Pintor, escritor e professor, Tomoo Handa também foi um dos principais intelectuais da colônia japonesa e escreveu O imigrante japonês (1987), livro referência sobre a história da imigração. Dotado de extraordinária sensibilidade, e sendo ele próprio imigrante, elegeu como uma de suas missões contar através da pintura e em textos a busca de adaptação e progresso dos seus conterrâneos pioneiros, registrando o viver dos imigrantes na zona rural.

Entretanto, suas telas não se limitaram a este grupo e outras obras retrataram cenas da vida brasileira, captadas em suas andanças pelo país afora.

Nesta edição teremos também uma Exposição inédita de alguns trabalhos significativos da vasta produção do artista e pertencentes a colecionadores e familiares, além de sorteio de algumas reproduções oficiais em fine art, entre os presentes no dia do evento.

Não percam esta oportunidade de conhecer a história e a importância deste artista na fundação do grupo Seibi e poder apreciar alguns de seus trabalhos.

Entrada gratuita, não há necessidade de reserva, aguardamos você para um delicioso bate papo e para o chá da tarde.


Saiba Mais sobre os convidados:

Allan Yzumizawa

É pesquisador de cultura e arte contemporânea. Atua como curador no Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba (MACS). Doutorando em História da Arte pela UNIFESP, onde pesquisa a formação da cultura nipo-brasileira a partir da obra de Tomoo Handa.

Mestre em Artes Visuais pela UNICAMP. Dentre os principais projetos como curador, destacam-se: Exercício Ka’a. Exposição para seres não-humanos (2022); “Corpos da Água Vermelha” (Prêmio Proac 2021), A invenção do herói, MAC Sorocaba (2022) e O encontro é um lugar impossível, Centro Cultural dos Correios, São Paulo (2022).

Anna Ligia Pozzetti

Intérprete de conferências de japonês e criadora de conteúdo sobre idioma, cultura e história do Japão. Sua conexão com o Japão vem dos 6 anos da infância vividos em Shimizu, na província de Shizuoka.

Formada em ciências econômicas pela Unicamp, é mestre em história econômica pela mesma universidade. Em sua dissertação, tratou sobre a formação do capitalismo japonês com foco nas transformações que ocorreram no campo entre os períodos Edo e Meiji (XVI-XIX). Atualmente, segue pesquisando a trajetória japonesa com foco nessas eras em que as raízes culturais da sociedade japonesa contemporânea encontram suas grandes referências.

É certificada como intérprete de conferências pelo Center for Interpretation and Translation Studies da University of Hawaii at Manoa e cria conteúdo nas redes sociais sobre o idioma japonês e sua cultura no perfil da Komorebi Translations, além de conduzir o Komorebicast, um podcast que apresenta pesquisas acadêmicas relacionadas ao Japão feitas por brasileiros.

Hiro Kai

É formado em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP. É gravador, artista intermídia e desenhista. Nos anos 1980, recebeu premiações em Salões de Arte em diversas cidades do interior de São Paulo, período em que fez parte do grupo Aterrar, juntamente com Mari Kanegae e Alice Haga. Depois, morou algum tempo no Japão e atualmente reside em São Paulo, dedicando-se ao designer gráfico e a montagem de exposições

Pedro Handa

Pedro Yoshio Handa nasceu em janeiro de 1946, na cidade de São Paulo. Filho de imigrantes japoneses, seu pai, Tomoo Handa, foi artista plástico, e sustentava a família com suas pinturas e trabalhos jornalísticos, enquanto a mãe, Satsue Handa, cuidava do lar e negociava a venda de obras de arte de seu companheiro.

Pedro formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e trabalhou por cerca de dez anos na Yakult, como assessor administrativo da empresa. Posteriormente tornou-se advogado do Jornal Paulista, onde atuou por 15 anos na empresa, e no Jornal Nikkey, por 20 anos.

Morou por três anos no Japão, onde pôde aprimorar o segundo idioma. Hoje possui dois escritórios de advocacia, no bairro da Liberdade (São Paulo – SP) e na cidade de Ibiúna (SP), é consultor Jurídico do Templo Budista Honpa Hongwanji e Diretor Jurídico do Centro Cultural Tochigi do Brasil.

Sobre o artista Tomoo Handa

Nasceu em 1906, na cidade de Utsunomiya, em Tochigi (Japão), e imigrou para o Brasil com a família, em 1917, aos 11 anos de idade, para trabalhar na lavoura de café da fazenda Santo Antônio, em Botucatu.

Em 1921, foi para São Paulo estudar e trabalhar e iniciou sua formação artística na Escola Profissional do Brás; depois na Escola de Belas Artes, onde recebeu orientações de Lopes de Leão.

Esteve no 1º Salão Paulista de Belas Artes, em 1934, e no ano seguinte fundou com outros artistas o Grupo Seibi (1935), que promovia a troca de experiências e estimulava debates artísticos entre pintores nipo-brasileiros.

Em 1936, realizou sua primeira mostra individual no Nippon Club. Neste mesmo ano foi reconhecido fora da comunidade nipo-brasileira e recebeu a menção honrosa no Salão Paulista de Belas Artes. A convite de Mário de Andrade, em 1937, participou no 1º Salão de Maio. Em 1938, houve a 1º Mostra do Grupo Seibi.

Também realizou mostra individual na Galeria Domus, em 1948, e integrou, em 1949, o Grupo 15 ou Grupo Jacaré, outro grupo de artistas de descendência japonesa.

De 1950 a 1959, integrou o Guanabara e suas cinco exposições coletivas realizadas na Galeria Domus, em São Paulo.

Também participou da 1ª Bienal Internacional de São Paulo e do 1º Salão Paulista de Arte Moderna, ambos em 1951; e do 1º Salão Nacional de Arte Moderna (Rio de Janeiro), em 1952. No mesmo ano, foi um dos realizadores do 1º Salão de Arte da Colônia Japonesa (São Paulo).
Nos anos 1960 realizou exposições nos Estados Unidos e no Japão. Em 1988 e 1989, realizou exposição itinerante “Herança do Japão” por todo o Brasil. Nos anos 1990 realizou mais algumas exposições no Japão.

Faleceu aos 90 anos, em Atibaia, no interior de São Paulo, em 1996. Foi pintor, professor e escritor, tendo entre suas contribuições aos registros históricos o livro “O imigrante japonês – história de sua vida no Brasil” (1987).

Assessoria Contábil

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KARATÊ

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