Veja só! Ficamos sabendo que nossas (Kazue e eu) caminhadas em tempo de pandemia ficaram famosas.
Na verdade, já as fazíamos muito antes de o “mardito vírus” aparecer, e com o mesmo intuito que pessoas de vida sedentária, como a nossa, as fazem. Por isso não as mostrávamos “ao mundo”.
Mas com o período de reclusão social se estendendo e começando a ouvir anseios gerais em relação à vontade de voltarem a encontrar os amigos, somado a uma coincidência, veio-me a vontade de as tornar conhecidas.
Como não gosto “repetécos”, quando começamos a caminhar combinei com a Kazue para mudarmos os itinerários a cada vez. Assim, quando num desses coincidiu de passarmos à frente da casa de um casal amigo que há muitos anos não o víamos, resolvemos aproveitar para revê-los.
Foi emocionante para ambos os lados, mas um alívio para eles porque o filho, por cuidados sanitários extremos, não os permitia de saírem de casa nem mesmo até o portão da garagem. Chegamos, matamos a saudade e… dentro da garagem!
Foi quando me acendeu a luzinha! Fazermos mais reencontros como esse, de forma segura, apenas em espaços externos das casas ou apartamentos, tirando fotos ao lado deles e postando nas redes sociais, como uma sugestão para se reencontrar amigos mesmo em plena pandemia.
Daí, com percursos planejados forçando passagens em endereços de amigos, foi uma sequência de novos reencontros. Chegamos a rever quatro num único dia e postando nas redes sociais. No total, foram mais de quarenta amigos, parentes inclusos.
Pelas quantidades de curtidas e comentários nas postagens era perceptível que nossas caminhadas estavam sendo conhecidas. Mas… famosas?!
Pois é. Fomos descobrir isso só após participarmos recentemente de eventos presenciais restritos, porque pessoas fora de nosso círculo de amizade afirmaram conhecer nossas caminhadas… rs.
Ou seja… dando-lhes visibilidade talvez tenha sido mesmo útil a alguém. Né, não?!
Mas como nem tudo são flores, em nossas caminhadas, percebemos que alguns ainda se sentiam receosos em sair de casa para nos receber. Hoje, talvez não mais, mas na época, para evitar constrangimentos, resolvemos retomar o formato tradicional. Uma pena porque até já a tinha denominado como “caminhada do útil (saúde) ao agradável (rever amigos)”.
Aliás, estava gostando do formato porque cada reencontro era, para mim, uma parada também para repouso… rs. Agora, direto, sem paradas, está difícil acompanhar o ritmo da Kazue… rs
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