CAPA Colunas Krônicas

Aos ISENTÕES amarelos… bem como aos verde-amarelos!

É…! Isso mesmo… ISENTÕES!
Antes, uma explicação que vem lá do País das Aparênc… digo, do Sol Nascente… rs, porque ISENTÃO, para mim, é melhor justificado a partir de uma característica típica do nativo de lá, denominada MIÊ (Aparência… Ih!… completei!… rs).
Já escrevi a respeito e até ilustrei com um exemplo de William Ouchi, do Teoria Z, sobre um jovem japonês, trabalhador comum, que numa época de pouco trabalho na empresa passou a retornar mais cedo para casa. Até que um dia, sua mãe lhe pediu para, mesmo encerrando o expediente, “fazer hora” nas imediações do trabalho e só voltar no horário tradicional porque a vizinhança estava “fofocando” que ele já estaria prestes a ser demitido.
Pois é. Naquela sociedade do também mercado dos mais concorridos do mundo, os japoneses, modo geral, são assim. Tanto que, em contrapartida, se uma verdade negativa sobre eles vir à tona, até uma atitude trágica (como suicídio) pode ser a consequência.
Muitos amarelos daqui também herdaram isso deles, mas não a esse ponto… rs. Ainda bem. Isso, graças às influências naturais advindas da relação multirracial proporcionada por nosso país.
Onde entraria o ISENTÃO aqui?
Na verdade, há uma pequena diferença. É que esses amarelos daqui, dos quais me refiro, buscam seus status tão avidamente, que parecem movidos por cabrestos. Ou seja, alienam-se das coisas de interesse geral… por estarem “muito ocupados” para isso.
Mas é também a razão de muitos verde-amarelos “não estarem nem aí” pelo que se passa no país. Para ambos, desde que não os atrapalhem na busca de suas metas, o país vai bem obrigado. Por isso, são incapazes de perceberem que, desta vez, correm sério risco de até perderem todos essas conquistas (patrimônios inclusos) obtidas… avidamente.
Ou seja, é preciso alertá-los de que não se trata mais de fazer o de sempre, de pensarem nas eleições apenas quando virem… para então simplesmente cumprirem suas obrigações. De que não se trata mais de escolher um ou outro candidato… por simpatia… ou ideologia (?!). Nem tampouco para, aproveitando a data, irem à praia (absterem-se de votar) para usufruírem das benesses desses status conquistados… avidamente.
Mirem-se nos trágicos exemplos recentes de Chile e Colômbia que fizeram isso! A propósito, sabiam disso?!
Desta vez, o que está em jogo não é a escolha de um ou outro candidato, mas de qual sistema político quer para seu país, filhos e descendentes… ou se preferirem, caros ISENTÕES, para escolherem se querem manter ou não, esses status… tão avidamente conquistados.
Tirem os cabrestos, pois! Parem um pouco para tentarem entender a razão de, desta vez, termos chegado a esse ponto. Do risco de perderem mais do que esses patrimônios… perderem a própria liberdade! Se é que me entendem.

Silvio Sano

- ARQUITETO, pela Univ. Mackenzie (1974), tendo como auge o projeto executivo da arquibancada superior do Estádio Santa Cruz (Recife), em 1981/82; ESCRITOR (sete livros, um dos quais: Corinthians, 100 Anos - Gols Ilustrados); COLUNISTA e CHARGISTA, desde 1996; JORNALISTA, com MTb desde 2012; e, COMPOSITOR (haicais e versões em português de músicas estrangeiras);
- conhece o Japão por quatro óticas diferentes (bolsista, 1975; lua-de-mel, 1980; Univ. Nagoya, 1985/87; e. decasségui, 1989/92);
- um dos administradores dos sites Nikkeyweb e Portal Oriente-se.
- Palestrante (tema atual: Konflitos Nikkeis, mesmo após mais de um século);
- tem páginas no Facebook, Twitter, Instagram e canal no Youtube
- email: silvio.sano@yahoo.com

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