05/07/1996
Hoje, novamente, o trânsito está horrível!
Aliás, atualmente, nessa nossa metrópole, em certos locais o congestionamento ocorre a qualquer hora do dia e… o dia todo!
Como nessa avenida em que me encontro no momento que, ao menos, está me propiciando produzir mais esta “nipônica”… rs.
Pelas expressões que vejo estampadas nos rostos dos motoristas, que coadjuvam comigo dessa procissão de veículos, posso perceber claramente a personalidade nacionalmente conhecida dos paulistanos.
Alguns minutos atrás, até testemunhei a saída de dois personagens de seus veículos, em meio àquele trânsito todo, apenas para desempatarem alguma divergência de opinião causada pelo “encontrão” que um deles deve ter provocado.
Como não sou desses que param para apreciar esse tipo de espetáculo, piorando ainda mais os congestionamentos, quando, às vezes, não provocam outro acidente, não sei quem ganhou a discussão.
E é óbvio que presenciei também os tais “tesouras” e os “ousados cruzadores de faróis vermelhos”, de sempre.
Lógico que essa situação toda me fez lembrar dos “paralelos” que passei em minha estada na Terra do Sol nascente.
Sabemos que a vida dos trabalhadores de lá é, de longe, mais agitada e apressada que a daqui, principalmente devido às cobranças no cumprimento de compromissos e horários, molas propulsoras no relacionamento profissional daquele país.
No entanto, não me recordo de ter visto alguma expressão de desespero nos rostos dos motoristas japoneses quando em meio a algum gigantesco congestionamento, num horário de pico, por exemplo.
Talvez porque, cientes do que terão pela frente no trânsito, já saiam de suas casas com certa folga… ou com a folga certa.
Nunca vi uma briga, muito menos buzinas só porque o primeiro da fila, no farol que acabou de abrir, vacilou na marcha e não partiu imediatamente.
Por falar nisso, estou a cinco carros do primeiro da fila no farol ainda vermelho e ninguém, atrás de mim, ainda buzinou…
– “Bip!… Bip!… “Bip!… Bip!… “Bip!… Bip!… “Bip!… Bip!…”
– Ah… bom. Já tava me sentindo em outro país… rsrs
(Recordo-me que escrevi essa Nipônica inspirado num desabafo do jogador Zico, na época, recém retornado do Japão,}
a afirmação dele foi quase idêntica ao título que dei a esta, e pela mesma razão)
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