Pelo aspecto positivo, o isolamento social provocado pela pandemia, além de provocar reflexões sobre si mesmo e na relação com o “mundo”, estimulou também busca a formas de como ocupar esse período de reclusão.
Uma delas foi com o que as grandes empresas já faziam uso, desde muito antes da pandemia, para realização de suas conferências virtuais: plataformas, via internet! Por se tratar de eficientíssimo instrumento de comunicação, ideal ao isolamento, com a pandemia, acabou se estendendo também aos “simples mortais”.
Na comunidade nipo-brasileira, o setor mais beneficiado foi o do karaokê porque, quando a aglomeração era permitida, concursos presenciais ocorriam em quase todos os finais de semanas, chegando a ter cinco num único dia, e com 300 a 700 cantores em cada!
Com a pandemia, mal presságio veio a esses praticantes do karaokê, em especial aos idosos. Mas para satisfação geral, fazendo uso também desses instrumentos, surgiram os concursos virtuais!
É aqui que trago a Elis do título, excepcional cantora da MPB e que, minha esposa e eu, chegamos a assistir dois shows dela.
Pois bem. Nos eventos presenciais, um fato marcante era os candidatos se produzirem para cantarem. Tanto mulheres quanto homens! De modo geral, os trajes eram de gala ou específicos (quimonos ou hakamás). Um desfile de modas!
Devido a isso, certa vez, quando chegamos a um concurso quase na vez de minha esposa cantar, ao não dar tempo para ela se trocar, ficou sentida. Tive de lhe refrescar a cabeça lembrando-a do que prevalecia de figurinos nos shows de Elis: camiseta surrada e calça jeans! Em contrapartida… showzaço!!!
E o Chroma Key com isso? Pois é. Com a alta tecnologia desse instrumento, o desfile de moda continua… via cenas exuberantes ao fundo! Se bem que alguns, descartando-o, têm preferido mostrar… próprias mansões… rs.
Respeito ao público, alegavam nos presenciais. Verdade! Mas apesar de o formato ter mudado para virtual, as posturas parecem as mesmas, diferentemente do que Elis sugeria, de privilegiar mais conteúdo do que a aparência. Né, não?!
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