As redes sociais, para o bem ou mal, têm cumprido o objetivo original da socialização de notícias de forma ágil. Basta ver o alvoroço, dependendo da mensagem ou imagem nelas postadas a ponto de até processos por difamação ou direitos autorais poderem ocorrer… rs
Mas meu assunto é sobre “surpresas” de amigos brasileiros em relação a amigos japoneses no que se refere à qualidade musical e de canto deles.
Pois é. Por outro benefício das redes, acabei ficando amigo de alguns cantores e músicos japoneses de bossa nova que estiveram no Brasil que postavam suas apresentações nas redes. Resolvi então compartilhá-las, e notificando amigos daqui para vê-las. Foi quando os daqui mostraram muita satisfação aos de lá no que se refere à qualidade. É onde queria chegar.
Já abordei o assunto aqui, exatamente sob esse aspecto da qualidade deles que, para mim, tem a ver com a formação cultural, sim, mas principalmente com os kurabu (clubes) presentes em todas as escolas de primeiro grau daquele país, onde todos os alunos são… “obrigados” a escolher um e a frequentá-lo.
Como naquele país o primeiro grau é obrigatório, “desde sempre”, e em tempo integral, uma ótima forma de ocupação e à ampliação de conhecimento foi adotarem os kurabu! Esses clubes são para atividades várias. Os esportivos ao beisebol, futebol, vôlei, natação, etc, e os culturais à música, pintura, oratória, teatro, cinema e até comunicação (este, de modo geral, até com a tarefa de divulgar os acontecimentos internos). Dedicados como são, dão os primeiros passos à especialização!
Primeiros passos porque, depois, mesmo não mais sendo obrigatórios nas escolas de 2° grau e faculdade, os kurabu continuam plenos… por iniciativa dos próprios alunos!!
Quando frequentei a Universidade de Nagoya, incontáveis vezes, flagrei alunos com instrumentos musicais treinando em todo o campus. Por isso, não mais me surpreendi ao ver tantos jovens nas orquestras sinfônicas do país, coisa rara aqui.
O mesmo ocorre com as demais atividades dos kurabus, inclusive para… cantar. Tá explicado! Né, não?!
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