Olha só! Em quase vinte e cinco anos, é a segunda vez que escrevo um texto a partir de próprias frases. Até conto já escrevi a partir de uma composição (versão em português) musical minha e ambos constam de minha antologia Kontos, Krônicas & Kanções (2018).
A sequência desse conto foi assim: após assistir, ao vivo, o segundo ataque do avião terrorista ao WCT, em Nova York (11/9/2001), chocado pela cena que acabara de ver, enviei meu desabafo à seção Painel da Folha de SP, que foi publicada no dia seguinte, 12 de setembro; como acabara de me adentrar no meio karaokê (1999), empolgado com esse movimento e, por isso, tendo já composto duas versões, ainda chocado com aquela tragédia, resolvi compor uma mensagem à Paz Mundial. Dois meses depois nasceu a Energia do Amor e dezesseis anos depois, o conto ao qual dei mesmo título.
Dessa vez foi devido às eleições passadas, especificamente ao resultado do primeiro turno à prefeitura de São Paulo, quando de forma surpreendente, até mesmo ao próprio, na minha opinião, Boulos foi para o segundo turno.
Nada demais para mim, se não conhecesse o histórico desse candidato. E mesmo sabendo que brasileiro não tem memória, em especial os paulistanos, os números dele pareceram exageradamente altos (independentemente da gritaria que estou ouvindo agora… rsrs).
Assim, não tendo como me conter, já no dia seguinte postei, em rede social, um “Pergunta que não quer se calar”, como que duvidando deles. O engraçado é que, um ou dois dias após, vi manifestação de outrem fazendo mesma referência, mas de outra maneira.
Preocupado com os paulistanos que mesmo nesses momentos críticos à própria vida e futuro, preferem uma prainha, além da minha krônica anterior, postei outra mostrando que voto em branco, nulo ou deixar de votar, só beneficia uma das partes… pela proporcionalidade. Adivinhe qual? Novamente, alguém postou manifestação idêntica.
Não tive dúvida! Troquei meu perfil na rede e resolvi escrever esta, para deixar claro que o ato do parágrafo anterior, além de covarde, torna-o também cúmplice do que vir a se tornar seu próprio futuro.
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