Recentemente, não me surpreendi com um vídeo-apelo de coletores de lixo, nas redes sociais, a moradores ao descartarem seus lixos à frente de suas residências.
Trata-se de um vídeo com depoimentos de coletores verdadeiros que, provavelmente, já sofreram algum tipo de ferimento causados por objetos cortantes que estavam dentro dos sacos que recolhiam, porque os orientavam a como embalar esses tipos de objetos, como vidros, objetos pontiagudos, etc.
E não me surpreendi porque já fiz esse tipo de campanha há cerca de quarenta anos, mas ao longo desses anos ao me adentrar na imprensa para escrever sobre posturas cidadãs e a que melhor conheci, como não poderia deixar de ser, foi a do cidadão brasileiro… rs.
A razão de já ter feito esse tipo de campanha foi porque, apesar de arquiteto e gerente de respectivo departamento de grande empresa que, além do setor de construção, atuava também em dragagem de rios, aterros sanitários e coleta de lixo, sabendo que tinha certa facilidade para ilustrações e a criatividade natural dos arquitetos, o departamento de coleta solicitou-me que criasse uma campanha em prol dos coletores por essas mesmas razões citadas no vídeo.
Como naquela época não existia a atual tecnologia da informação e muito menos redes sociais, foi uma campanha meio artesanal e com as cópias do que fiz, sendo distribuídas residência por residência.
A expectativa que tinha, quarenta anos atrás, era a de que logo não haveria mais a necessidade desse tipo de campanha. Ledo engano… que fui concluindo conforme fui adquirindo mais experiência ao escrever sobre o cidadão (?) brasileiro em meus artigos, infelizmente. Daí porque não mais me surpreendi por ainda existirem esse tipo de campanha e termos de continuar de continuar com elas. Né, não?!
Para não ser injusto, digamos que isso seja um mal humano. O diferencial ao brasileiro está na tal malandragem que também o leva ao vandalismo. Por isso, também já escrevi que não me surpreendi ao flagrar um cidadão (?), à minha frente, chutando um saco de lixo plástico depositado corretamente numa calçada.
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