Como já pretendia abordar sobre o tema machismo na Krônica anterior, mas acabei optando por outro, devido a um só pedido o retomarei nesta. Explico adiante.
Naquela, a troca fora pelo da nossa dependência ao celular, apesar de algo não recente visto que já se fala nisso desde há muito e até com ilustrações violentas, do tipo vídeos de atropelamentos, evitáveis se não fosse pelo “mardito” (?) aparelho. Né, não?!
Na verdade, o pedido acima fazia referência ao machismo que insinuei à música “Kanpaku Sengen”, de Masashi Sada, cuja tradução literal seria “Declaração conselho”, mas que optei por “Declaração impositora”… rs.
O pior é que o autor é também cantor e dos mais populares no Japão, o que implica em ser ouvido por uma multidão. No Brasil, provavelmente, receberia uma saraivada de críticas dos próprios fãs, a ponto de leva-lo ao ostracismo artístico… penso eu.
No caso dele, naquele país… machista, não!! Por isso vendeu muitos discos no ano que a lançou, em 1979 (quarto mais vendido), e até hoje é curtida. Até um programa no mais popular canal de TV daquele país (NHK) chegou a ter e com alto índice de audiência. Pode?
Naquele país… machista, pode!
Estou ciente de que há países muito mais machistas, com destaque ao Afeganistão, mais alguns países do Oriente Médio e da Ásia, mas minha referência é ao machismo no relacionamento direto, por “culpa” das próprias japonesas que, tradicionalmente, aceitam essa situação, não no caso de direitos trabalhistas, apesar de que, neste, também elas ainda tenham muito a conquistar.
Como a letra é longa, trago a tradução apenas da primeira estrofe… suficiente!Tenho algo a te dizer antes de nos casarmos
É algo forte que quero já te deixar claro:
“Não poderá dormir antes de mim,
Nem tampouco acordar depois de mim
Terá de me fazer boa comida e se manter bonita (para mim)
Se bem que até certo ponto suportarei
Não se esqueça de que caso não consiga trabalho
Não terei como a proteger e nem ao lar
E que existe coisas que só você poderá realizar
Fora isso, fique calada. Apenas me acompanhe.
As duas seguintes são mais leves, mas dentro do mesmo espírito. E, na última, tenta minimizar tudo com uma declaração de amor… como se bonzinho ainda fosse.
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