O 5º Simpósio do Movimento Político Nikkei teve como temas Movimento para acabar com as Pichações, Educação e Combate a corrupção, com os convidados nikkeis Reimei Yoshioka e Carlos Kendi Fukuhara que foram unânimes em destacar a importância de se eleger políticos nikkeis. Na ocasião estavam presentes o ex-deputado estadual Hélio Nishimoto (PSDB), Vice-prefeito de Guaratinguetá, Régis Yasumura (PTB), vereador George Hato(MDB), Oridio Shimizo (Assessor do Vereador Aurélio Nomura), Olimpio Minoru Kosonoe (Assessor do Vereador George Hato), sob o comando do Coordenador do Movimento Político Nikkei, o sempre deputado Hatiro Shimomoto.
De acordo com o assessor da Secretaria de Relações Internacionais da Prefeitura do Município de São Paulo, Carlos Kendi Fukuhara sempre esteve ao lado da política, como funcionário público. “No meu conceito a política é uma vocação de servir a comunidade, tem que gostar”, afirma. “O político tem que servir o público, a comunidade. Precisamos de forma consciente saber qual a importância do político nikkei? Será que apoiamos os projetos desses políticos? Temos que nos aproximar dos políticos com propostas para benefício do coletivo e não individual. Para ser eleito o político tem que apresentar propostas para o bem comum, o político precisa de apoio da comunidade, não podemos só criticar o político, temos que apresentar projetos consistentes, o parlamentar tem que ter instrumentos para aprovar uma emenda parlamentar. Por isso que tem que ter a nossa participação, da sociedade Nipo-Brasileiro e da sociedade como um todo”, aponta Fukuhara.
“Nós temos que ter uma linha de conduta para ajudar os candidatos nikkeis. Temos que ter facilitadores na Câmara Municipal, na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal e no Senado, para isso precisamos unir forças, valorizar a experiência dos candidatos mais velhos com sua expertise e dos novos precisamos ensiná-los a dar continuidade dos projetos, a manter o elo com a sociedade como todo, seja ela Nipo-Brasileira ou não, e não recomeçar, seria perda de tempo”, destaca Carlos Kendi.
Durante sua fala, Fukuhara abriu um parêntese sobre a imprensa Nipo-Brasileira que faz de um todo para se manter ativa, porém precisa da ajuda e do apoio dos políticos e da sociedade Nipo-Brasileira para se manter. “A imprensa que nos permite divulgar os eventos e os acontecimentos dentro da comunidade e da sociedade, temos que fortalecer, fomentar a informação, apesar de estarmos na era digital, temos que abastecer a imprensa. Alguém tem que divulgar as ações dos políticos e da comunidade. Que tipo de suporte que devemos dar a imprensa? Novas mídias. Seja ela jornalismo informativo, associativo, investigativo ou opinativo, temos que abastecer e fomentar as notícias da sociedade como todo. Estamos na era digital com constantes mudanças, precisamos fortalecer e ser mais ousados e sair da retaguarda, indicando nikkei a alta escala, com oportunidades a cargos nas secretarias”, cogita Carlos Kendi.
Outro convidado que tem a mesma opinião é Remei Yoshioka, atualmente Vice-Presidente da Assistência Social Dom José Gaspar – Ikoi-No-Sono destaca a importância que o político tem que conhecer a comunidade o qual está inserido e suas necessidades como a educação. “A preocupação com os estudos, sem dúvida foi um dos mais importantes legados que todos nós, descendentes de japoneses, recebemos dos nossos pais e avós. Nasci na zona Rural de Mirandópolis, fiz Escola Rural com classe mista, com formação Rural”, afirma.
Segundo Yoshioka é uma provocação e são muitos os pensamentos em relação aos políticos, os interesses vão aumentando a velha guarda está sempre se elegendo. “Hoje, os nikkeis não se elegem só com a comunidade nikkei. Os instrumentos de eleição mudaram com as redes sociais, o político tem que ter essência, tem que valorizar a pessoa e sua formação. Ser honesto e de boa formação independente de ser nikkei ou não. Os valores que devem ser praticados como; caráter, ética, formação da honestidade que é uma moeda de troca. São valores que devem ser cultivados e praticados. Honestidade não é privativo só dos japoneses, deveria ser praticada por todos”, explica Reimei.
“A educação brasileira anda muito mal porque os próprios professores não têm base, não tem alicerce. Quanto aos políticos tenho a mesma opinião do Carlos Fukuhara, mas vou puxar a brasa para minha sardinha no caso dos idosos, que necessitam de assistência. O que está faltando é o político pesquisar mais sobre seu eleitorado, ver as necessidades. O que é fundamental, e o que pode ser feito? Lido com idosos, como vou preparar cuidadores de idosos? A sociedade está envelhecendo, o que podemos fazer para esse público? Educação é fundamental. Primeiro o cidadão (político) deve saber o que é mais importante para sua comunidade. Os políticos devem procurar conhecer a comunidade e suas necessidades. E a partir daí traçar um planejamento de projetos”, destaca Yoshioka.
De acordo com Reimei o cenário político do país passa por momentos cada vez mais delicados diante de tantos escândalos noticiados diariamente pela imprensa. “Ocorre que, há muitos anos o povo brasileiro sabe como funciona a política neste país, bem como sabe também da falta de moralidade e ética de diversos políticos, porém com o passar dos anos toda e qualquer sociedade tende a evoluir, ainda que a passos lentos, e a população começa a entender que a política faz parte do seu cotidiano, ou seja, a política não é um fenômeno isolado”, finaliza Yoshioka.
O encontro promoveu reflexões entre os convidados, políticos, com a participação dos meios de comunicação com o compromisso de criar projetos grandes e relevantes para a comunidade. Sendo uma via de mão dupla que precisa ser enaltecida.
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