Colunas Krônicas

KRÔNICAS: Festival do Japão… das associações de Províncias?!

Festival do Japão. (Foto: divulgação)

Não participei de sua criação, mas como o frequento desde o primeiro, sob a marquise do Parque Ibirapuera, e tenho ouvidos atentos, sei que sua origem vem do intuito de se agregar as associações de províncias do Japão (kenjinkais) para se promover a culinária japonesa, razão de, no início, ser chamado de Festival da Culinária Japonesa e até de… das Províncias do Japão!
Da Comissão Organizadora, efetivamente, só participei de uma, da última realizada no estacionamento da ALESP. Aliás, quando se mudaram para lá, depois de passarem pelo Viveiro Manequinho Lopes, é que surgiu a ideia da apresentação de shows para reter mais tempo o público a fim de garantir a venda de seus produtos.
De minha parte, recordo-me de apenas ter sido contrário à ainda exploração do voluntarismo nipônico aos que vinham fazer essas apresentações. Agora, voluntários são só para apoios ao evento e por convocação, atendendo-a quem quiser. Por ser vinculado à comunidade nikkei, e simpatizantes, o nível de atendimento ainda é impressionante. Ainda bem.
Mas me recordo também que, na época, não havia taxas de ocupação aos kenjnkais. Ao contrário, a Comissão apelava para que participassem. Não sei a partir de quando começou a se cobrar essa taxa considerada cara… aos que deram origem ao mesmo.
Daí, quando voltei a participar, como ouvinte, de uma reunião da Comissão deste ano, ao ouvir o presidente, José Taniguti, em sua saudação, falar com veemência sobre seu desejo de tornar os kenjinkais mais fortes e, para consolidar, informou que duas associações desistiram de participar ao deste ano, resolvi retomar minha pauta sobre o tema. Afora isso, tenho conhecimento de que várias já usam terceirização à confecção de seus produtos, e com alguns fora do contexto.
Assim, com o atual índice de visibilidade que o Festival tem, dos maiores dentre eventos no Brasil, volto a sugerir para que seu setor de Captação de Recursos é que busque a fórmula para se zerar essa taxa aos kenjinkais porque, além de ajudar a torna-los mais fortes, com certeza, trará de volta aos associados o prazer de confeccionar, eles próprios, seus produtos típicos. Né, não?!

 

Silvio Sano

- ARQUITETO, pela Univ. Mackenzie (1974), tendo como auge o projeto executivo da arquibancada superior do Estádio Santa Cruz (Recife), em 1981/82; ESCRITOR (sete livros, um dos quais: Corinthians, 100 Anos - Gols Ilustrados); COLUNISTA e CHARGISTA, desde 1996; JORNALISTA, com MTb desde 2012; e, COMPOSITOR (haicais e versões em português de músicas estrangeiras);
- conhece o Japão por quatro óticas diferentes (bolsista, 1975; lua-de-mel, 1980; Univ. Nagoya, 1985/87; e. decasségui, 1989/92);
- um dos administradores dos sites Nikkeyweb e Portal Oriente-se.
- Palestrante (tema atual: Konflitos Nikkeis, mesmo após mais de um século);
- tem páginas no Facebook, Twitter, Instagram e canal no Youtube
- email: silvio.sano@yahoo.com

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