Ai… ai… alguns de meus leitores “pegam mesmo no meu pé”, no bom sentido, claro, e agradeço. Dessa vez, porque após fala absurda do presidente Bolsonaro em relação à Thaís Oyama (por suas afirmações no livro Tormenta) e meus amigos Harada-sensei e André-san terem ocupado página inteira do Nippak sobre o fato, não fiz o mesmo.
Mas agora o farei… à minha maneira! Como em minhas três Nipônicas anteriores, porque mesmo abordando temas polêmicos, prefiro a reflexão. Aos que não as leram, vejam os títulos: “O papa, Ataulfo Alves e… meu neto!”; “Olavo de Carvalho, um amigo escritor e uma criança”; e “Fuga de presos do PCC no Paraguai e… eu!”. Ou seja, polêmica, para mim, só se for para marketing!… rs. Sou da paz! Ou como diria um humorista, no passado: “Só queria entender!”
Como deixei claro na de Olavo de Carvalho, não se trata de ser ou não bolsonarista, mas de ser lógico. Começo por relembrar minha conversa com Gerald Thomas sobre ser chamado de japonês… ou judeu, alemão, gringo, caso dele, dependendo do contexto, não significar tratamento racista. Ele, que encarava tudo como preconceito racial, no fim, concordou comigo.
Por exemplo, na afirmação de Bolsonaro de não saber… “o que essa japonesa faz no Brasil”, o “japonesa”, aí, é de discernimento! Qual nikkei nunca se pegou falando, com quem não conhece, dessa maneira: “o japonês aqui… eu japonês… etc. ”?
Quanto a… “não sei o que essa japonesa faz no Brasil”, pode ser ênfase para mostrar que não a conhece e não para que vá embora do Brasil. O que não acredito, ainda mais em se tratando dele. Mesmo no “japonesa”. Mas não dá para garantir que foi essa a intensão. Certo, André-san?!
Harada-sensei afirmou que, mesmo Thaís se excedendo na fala, deveria prevalecer a liberdade de opinião, no que concordo. Assim como ela, jornalista de renome… e nikkei, pesquisou a fundo, tudo, antes de fazer as afirmações.
Como esse tipo de fala do presidente não mais me atinge, somado ao que abordei em “O papa, Ataulfo Alves e… meu neto”, não posso ainda entrar nessa polêmica. Né, não?!
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