Estou pouco atrasado no assunto, mas assim como já reclamei” da dificuldade de ser atual quando se escreve semanalmente, da mesma forma, agora, dou graças por isso, porque vou tratar de um caso de cerca de três semanas atrás, da questão do tratamento na referência aos ministros do STF, pronunciadas por dois advogados, no mesmo dia, em plenário, ao se dirigirem a eles com o pronome “Vocês”.
“Caiu a casa!”… ao ministro Celso de Mello que lhes “puxou as orelhas” no ato! Lógico que há uma liturgia naquela Casa, mas e daí?… pra mim (bem entendido), que nem daquelas togas horríveis gosto, bem como daqueles “ajeitadores” de cadeiras! Mas isto é outra história…
Adiante.
No Japão das aparências, a relação hierárquica é muito pior, mesmo entre simples mortais. A relação Senpai/Kouhai (Veterano/Novato) é terrível a ponto de afetar até a entre irmãos, como já relatei o caso do irmão mais velho se casar com mulher bem mais nova do que seus irmãos e estes terem de trata-la como se debaixo para cima. É verdade, ainda à maioria.
Mas retomei o assunto de três semanas atrás não por isso. É que, recentemente, conversando com uma amiga sobre um comum a ambos, já falecido, que fora coronel e, também por isso, chamado a acompanhar o atual imperador japonês, quando príncipe, nas vezes que veio ao Brasil, fiquei sabendo de detalhes por ela ter sido mais amiga dele.
Contou-me que ele se vangloriava do fato a ponto de mostrar aos amigos as fotos e cartões de Ano Novo recebidos do ilustre “amigo”, mas o interessante foi uma situação embaraçosa ocorrida entre ele e o então príncipe.
Tantas vezes ao lado do príncipe, num certo momento, em conversa entre ambos soltou alguma palavra inadequada de tratamento. De imediato, foi repreendido pelo acompanhante do príncipe que, na sequência, foi repreendido pelo próprio príncipe pela alegação de que o coronel, por ser estrangeiro, ignorava essa forma de tratamento. Foi a glória… ao coronel.
Não é o caso dos advogados, mas se tratado como incidente, o tiro não sairia pela culatra viralizando nas redes sociais! Bem feito, ministro!
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