Amigos e e-mails, a respeito da Nipônica anterior, lembraram-me de que trouxe apenas flagrantes proveitosos de uma caminhada de rua. “Faltou mostrar a realidade das coisas!”… foi-me até enfático, um deles.
Concordo. Não para me desculpar, mas já o fazendo… rs, porque quando esbocei aquele painel para estimular olhares às coisas banais, tal qual Raul Seixas (Gita), Chico Buarque (Cotidiano) ou Masato Shimon (Oyoge taiyaki-kun!), fi-lo em 1975, 45 anos atrás!
Naquela época a realidade era outra. Perdi a conta das vezes que dormi no ônibus para acordar apenas no ponto final após deixar a namorada na casa dela, tarde da noite. Hoje, além de acordado ainda é preciso ficar atento. Né, não?!
Foi também quando fiz a minha mais longa caminhada da vida ao passar, de mochila nas costas, e sozinho, por 14 países das Américas, num período de três meses. Hoje, mesmo que jovem fosse, não teria essa coragem.
Por isso a Nipônica anterior estava repleta de coisas banais… boas… rs.
Vamos, pois, ao que interessa… ao real, conforme me cobraram.
Pois bem, pouco após sair de casa, quase tropeço na calçada malfeita da avenida… apesar de ser o que encontrarei em quase todo trajeto, e com trechos perigosos não apenas para idosos. Em país desenvolvido isso não ocorre. Não por isso, mas também por isso. É que nesses países as multas são astronômicas e não há impunidades!
No Japão, há multas enormes até para lixos deixados nas calçadas e, conforme a infração, com possibilidade até de prisão. Aqui, em determinados lugares temos até de sairmos das calçadas para prosseguirmos nossa marcha. Sem contar quando quase fui atingido por algo jogado da janela de um ônibus, por um garoto, pasmem!… por ordem da mãe”! Vai ver que estava incomodada com aquele lixo na mão do garoto, né…
Como o espaço aqui é pequeno encerro citando apenas os “puxadinhos” nas residências que proliferam por toda parte, devido à situação econômica do país, sim, mas também à “lei de Gerson”, do levar vantagem em tudo, e ainda beneficiada por quase nenhuma fiscalização.
E isso nem é tudo!
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