Minha Nipônica (Krônica, neste Portal… rs) nasceu há mais de vinte anos com o intuito de associar ações cidadãs em mesmas situações do dia-a-dia no Japão e aqui, o que me levou a nominá-la dessa forma, na junção de Nippon com crônica.
Com o tempo foi tomando outro rumo, até porque essas situações paralelas foram quase que se esgotando, para se configurar como coluna crítica… “pro bem ou pro mal”… a quem “vestir a carapuça”… rs.
Ou seja, na origem, para ser algo leve, descontraído, por isso crônica, e na transformação à crítica, pelo aspecto construtivo. Ainda assim, com tanto tempo… e no Brasil, nada sai plenamente como idealizado.
Por isso, por algumas vezes não pude evitar abordagens sobre a violência urbana que vige no país, até porque faz parte do nosso cotidiano, mas de tão banal se tornou que só o fiz por me tocar diretamente.
Como o caso de um amigo nikkei violentamente assassinado diante da esposa e, anos depois, outro, diante da filha, em simples assaltos e sem nenhuma reação da parte deles. Como também do menino Ives Ota. E eu, próprio, me coloco nessa estatística, razão que me levou ao Japão na condição de decasségui, apesar de sem o padrão desses trabalhadores. Ao final gerou Sonhos Que De Cá Segui, mas isto é outra história.
Agora foi a vez de mais um amigo, que faleceu com sua família por vazamento de gás doméstico. Tão logo soube, pela irmã que mora no Japão, fui buscar o noticiário, mas de tão cedo, os nomes ainda não eram citados apesar de a suposição da causa, sim. Num ímpeto, respondi-lhe que se tratava de “coisas de Brasil” e me veio à mente escrever a respeito.
Com o passar dos dias, já constatado que tinha mais a ver com descaso de meu amigo em relação à não colocação da chaminé de exaustão do aquecedor pensei em não mais escrever.
Mas como descaso me parece algo inerente em nikkeis, ao menos é o meu caso (minha deusa que o diga), e nikkei é tema de minha palestra, Konfrontos & Konflitos Nikkeis… mesmo a contragosto, resolvi trazê-lo como alerta porque dependendo do nível a consequência pode ser mesmo trágica.
Próxima palestra: 1º FIB ABC, 4 de agosto
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