Com muito sucesso e satisfação geral dos participantes, foi realizado, no dia 28 de abril, o 18º Karaokê Taikai da Amizade, promovido pelo departamento de Karaokê da Associação Agro-Cultural e Esportiva de Guatapará, que contou com a inscrição de 251 cantores vindos de 15 cidades de fora. O evento ocorreu na própria sede social, localizada no seio do tradicional e conhecido Núcleo Colonial Mombuca.
Apenas da Capital (associações Butantã, Halley, Hongo Kyoshitsu e Naniwa) foram mais de 60 cantores que se deslocaram para lá. E dentre as demais 14 cidades, nem todas foram apenas das imediações de Guatapará, como os grupos de Campinas, Indaiatuba, Jundiaí, Itu e até de Atibaia que, como os da Capital, tiveram de percorrer de duzentos a trezentos quilômetros para isso. E sete das onze crianças que participaram das categorias Doyo e Tibikko, também vieram de fora.
O Corpo de Jurados foi composto por Kimico Hirai (presidente), Caio Suzuki e Tsugiko Hongo. “Cheguei a cantar nas primeiras edições desse evento… mas como ganhei por três vezes seguidas tive de, por isso, parar de cantar aqui”, sorrindo, revelou o hoje jurado Caio.
As apresentadoras foram Fusako Hara, Chiyoko Watanabe e Miwa Shiramizu.
A Sonoplastia ficou sob responsabilidade da Hidani Som, de São Paulo, e a Contagem/ Informática pela equipe da Comissão local, formada por: Isamu Shimizu, Shoji Wakiyama, Hiroyuki Saeki e outros.
À Abertura Oficial estiveram presentes o Secretário da Administração da Prefeitura local Ailton A. Silva, a vice-presidente da UPK, Neuza Sato, além de Tsuneo Mogui, presidente da AACE Guatapará, Katsuaki Shizukuda, diretor do departamento de Karaokê, Fusako Hara idealizadora do evento e os três jurados.
O Taikai transcorreu normalmente, dentro do programado, inclusive com a categoria videokê que começa a se popularizar nos mesmos, além de uma seção de show protagonizados pela cantora Star Mitsue Kina, pelo campeão da NAK no Japão, Eduardo Yukio Nakajima, mais Silvio Sano, acompanhado de Ruriko Osako e Kazue Takahira, para entreter o público.
Ao final, dentro do horário programado, às 19h, Katsuaki Shizukuda deu por encerrado o evento e desejando a todos boa viagem de volta às suas cidades.
Da Organização e 57ª Festa da Colheita, em julho
Segundo os organizadores, o evento deste ano bateu recorde de inscrições, deixando-os felizes, ainda mais considerando que o total de cantores locais foi de apenas dezessete. “Por isso estou plenamente satisfeito por termos realizado este evento e muito agradecido por tanta gente de tão longe ter vindo nos prestigiar”, afirmou Katsuaki Shizukuda.
“De minha parte também estou muito feliz por essa realização e pelo êxito que alcançamos”, concordou Tsuneo Mogui. “No começo, até fiquei preocupado em relação aos participantes nem saberem onde se localizaria nossa cidade”, brincou. “Mas o karaokê, para nós, tem sido muito importante para a confraternização com praticantes de outras localidades reforçando ainda mais o que nossa tradicional Festa da Colheita já nos traz todos os anos e aproveito para convidá-los a virem prestigiar a deste ano que ocorrerá nos dias 13 e 14 de julho”, concluiu.
Segundo ele, essa festa ocorre desde a fundação do Núcleo Colonial quando os primeiros imigrantes japoneses ali chegaram, em 1962. Um convite, portanto, à 57ª edição que, além da exposição da produção agrícola das famílias de Mombuka, como renkon (raízes de lótus), ovos, missôs, picles e vegetais frescos, haverá também muitas atrações musicais (taikô, yosakoi soran, etc.). “E é também uma oportunidade para imigrantes contemporâneos ao Brasil (dousensha) se reencontrarem, como ocorreu hoje aqui”, reforçou, fazendo referência ao reencontro de Kazue Takahira com cinco moradores locais que vieram no mesmo navio (Argentina Maru), em 1963.
Fusako Hara, professora formada pela Ordem dos Músicos (OMB 1762) e jurada de concursos de karaokê pelas três maiores entidades da comunidade (UPK, ABRAC e INB), há dezoito anos dando aula de canto em Guatapará, é a precursora deste concurso e maior incentivadora para que cantores de fora venham participar dela. “Estou muito feliz e agradecida porque só de São Paulo vieram três vans lotadas de cantores para enriquecer nosso evento. Nesse período de dezoito anos aqui, vi crianças nascerem e crescerem, adultos saindo e depois retornando e pessoas vindos pela primeira vez, mas sendo recebidos como se parentes fossem de tanta gentileza dos moradores daqui cuja maioria ainda é de nativos do Japão”, contou com muita satisfação. O que mais me estimula é ver como o karaokê, mais do que cantar é uma forma de fazer amizades. Por isso, depois de dezoito anos de dedicação aqui, batalharei ainda mais firmemente para chegarmos à 20ª edição, 25ª, e muito mais, com certeza”, concluiu pondo-se à disposição dos organizadores
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