Não! Não se trata “daquele” palavrão e nem de alguma intenção nesse sentido, mas uma referência ao viaduto na Av. Marginal do Rio Pinheiros que, na quinta-feira passada, se partiu, com uma parte cedendo 2 metros em relação à outra e interditando o trânsito num trecho de 10 quilômetros naquela avenida.
Como ocorreu à noite, em pleno feriado prolongado e sem vítimas fatais, apesar de alguns motoristas feridos devido ao ocorrido, não houve manchetes ruidosas apesar de manifestações nas redes sociais já criticando o descaso em relação à manutenção desse tipo de obra na cidade, algo evidente e de conhecimento geral desde há muito.
Ao menos para mim que, em 1997, por ocorrência semelhante, até escrevi algo a respeito (“Se fosse só manutenção”, SP Shimbun, 13/06/1997) e que, pelo título, quis insinuar que as razões iam além da simples manutenção. Deve ser por isso também que, quase uma semana após o ocorrido, ainda não sabem a razão e, pelo que ouvi, nem onde estão suas plantas estruturais.
E por falar em plantas, não dessas, na época em que escrevi esse artigo, motivado pela quase queda da Ponte dos Remédios, também ali pertinho, um vídeo-repórter da TV Cultura fez uma matéria mostrando a presença de inúmeras plantas, nascidas, encravadas, em vãos de outras pontes espalhadas pela cidade, verdadeiras árvores com caules de diâmetros já avantajados. Alguma coisa mudou desde então?
Na época, o Secretário de Obras, Reynaldo de Barros, afirmou que era só uma questão de manutenção e teve a petulância de citar as pontes de Paris, com mais de três séculos de construção, ainda seguras. Só se esqueceu de dizer… “e ainda bonitas!” Mas isto é outra história.
Neste momento, enquanto escrevo, primeiro dia normal pós-feriado prolongado, acompanho a repercussão dentre os usuários daquela avenida. Uma loucura… anunciada!
De qualquer forma, nem a afirmação do secretário de então serviu como referência porque, neste ano, como exemplo, a prefeitura gastou apenas 5% do orçamento para esse tipo de manutenção. PQP!
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