A origem das Nipônicas, não com esse título, foi devido à intenção de associar posturas cidadãs “lá e cá” em situações semelhantes. Como cultura e sociedade são diferentes, os próprios exemplos que trazia levaram-me a dar-lhe, primeiro, o título de “O Meio Faz o Homem”.
Mas confesso que acabei saindo um pouco da linha porque ao me restringir, em muitas delas, apenas a situações de cá, principalmente políticas (era Lula), nem um dos dois nomes mais parecia lhes caber. De qualquer forma, com “alvos” apenas do lado de cá, inclusive da comunidade nipo-brasileira, acabei ficando conhecido e passando a ser também um de seus olhos e ouvidos… ou único! Tem outro por aí? Em português, ao menos, não conheço. As lideranças do Bunkyô e do karaokê que o digam… rs.
Essa introdução fi-la apenas para justificar a razão de, mais uma vez, abordar tema a mim solicitado por uma dessas “lideranças” num recentíssimo evento, na principal entidade.
Pediu-me para que abordasse sobre as consequências da eleição de Bolsonaro, mas sob o ponto de vista da comunidade. Minha resposta, espontânea, foi de que sempre escrevo sob o meu e até porque não sabia o da comunidade (lideranças) conforme deixou claro também nessas eleições, já que sempre pressiona políticos nikkeis por emendas parlamentares, mas não se esforça em coloca-los lá… até para isso! Né, não?!
Em relação a Bolsonaro, sob o meu, nada a comemorar. Resta-me apenas torcer para não cair do cavalo porque foi minha opção. Quando uma amiga me contou que só espera não morder a língua, respondi-lhe que pensei o mesmo quando Lula foi eleito, em 2002. Não votei nele, lógico, mas torci para ter mordido minha língua.
Não mordi! Já em 2005, com o Mensalão, tornei público o que achava dele por textos ou charges, porque estava claro para mim a real intenção dele com seus projetos sociais: cortina de fumaça! E como desde então fui conhecendo o quão ilimitado e sem escrúpulo é, hoje, três dias após a eleição de Bolsonaro ter sido anunciada, estou achando este silêncio… ensurdecedor!
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