Incrível! Ao ver as postagens do amigo Tério Uehara, no Facebook, da visita que fez à Bolívia com a comitiva okinawana brasileira às comemorações dos 110 Anos da Imigração Okinawana daquele país, só agora minha ficha caiu fazendo-me perceber o quão alienado fui… na juventude.
Lógico que o incrível acima refere-se também à organização e beleza das apresentações deles, lá, tão excepcionais quanto as daqui da semana anterior, em Vila Carrão. Mas o que mais me impressionou e me fez a ficha cair foi saber, só agora, do tamanho da população deles e do quão unidos também são.
Pois é… quando lá estive, há 42 anos, nem da existência deles sabia, e que já devia ser numerosa. Na verdade, nem no México, Peru ou Argentina por onde também passei, na época, veio-me à cabeça essas possibilidades!
Por que alienação? Primeiro, porque vinha do… Japão!, após finalizada minha bolsa de estudo naquele país e, segundo, por minha forma diferenciada de locomoção, de mochila nas costas, à base de carona, trem, ônibus ou caminhão de índios, tendo de economizar se pretendia passar por 14 países em três meses, como passei! Ou seja, nessa condição e não busquei os “de mesmo sangue”. Pode? A um alienado, pode!
E por que alienado? Porque apesar da bolsa ao Japão, estava afastado da comunidade. E só a obtive porque meu pai avisou-me dessa possibilidade, via associação de província. Nem sabia do trabalho que prestava a uma delas. Para mim, portanto, fora só uma oportunidade. Tanto… que para aumentar a possibilidade de conquista-la indiquei interesse de estágio em empresa relativa ao que já fazia por aqui. Nem precisava.
E olha que, em Lima, no Peru, à procura de um nipo-peruano que conheci no Japão, até fui ao kaikan local… mas nem cogitei a possibilidade de alojamento mesmo precisando de um. Pode? Nem respondo… rs.
Fui ou não alienado? Até porque, do jeito que unidos e prestativos são, se os buscasse também para isso, além de aumentar meu círculo de amizade, talvez até levasse o dobro de tempo para retornar ao Brasil. Né, não?!
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