Por muito tempo antes da Segunda Guerra Mundial era tradição no Japão em manter um quadro com foto do Imperador na sala de casa, e no Brasil não era diferente, principalmente no interior. Com as visitas esporádicas dos príncipes no Brasil, vem sendo base de inspiração para os nipo-brasileiros mais antigos até os dias de hoje.
“Japonês que é japonês de verdade tem sempre uma foto do ‘Imperador ou da Família Real’ na sala de casa, como uma forma de respeito, de patriotismo, de admiração e de gratidão”, diz Takashi Hirai de 67 anos de idade, morador da zona Rural da cidade de Itapeva.
Para mostrar seu respeito, sua lealdade e sua admiração pela “Família Real Japonesa”, o agricultor Takashi saiu de Itapeva a 318km da capital paulista à procura de quadros com a fotografia da realeza japonesa, e para sua decepção não encontrou nenhuma loja no bairro da Liberdade que tivesse à venda quadros com fotografia da realeza nipônica.
Foto: Luci Judice Yizima
Certo dia ele foi à redação para saber se nós tínhamos tais fotos, para ser sincera, não. Mas para atender à solicitação daquele fã incondicional da “Família Real”, comecei a garimpar fotos no Google, consegui algumas fotos para a felicidade do senhor Hirai.
Mas no pós-guerra a pintura e a caligrafia têm um papel fundamental no tipo de expressão artística no país e tomou conta das paredes. Aliados ao budismo, principal religião, e um cenário político conturbado do Japão, a produção foi ganhando força e se perpetuando além das fronteiras do Oriente.
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