Silvio Sano lança “Kontos, Krônicas e Kanções” neste sábado, na Associação Mie Kenjin do Brasil

No próximo sábado, 10 de março, das 14h às 19h, na Associação Mie Kenjinkai do Brasil, na Vila Mariana em São Paulo acontece a tarde de autógrafos do livro “Kontos, Krônicas e Kanções”, de autoria de Silvio Sano, com prefácio assinada pela presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Bunkyo, Harumi Harashiro Goya.

O livro é uma coletânea de oito contos, sendo seis inéditos, quarenta e oito crônicas (algumas do período inicial como cronista, de vinte anos atrás) e sete canções (versões em português de músicas japonesas). A obra tem 175 páginas, o mais curioso é o título do livro são as três palavras Contos, Crônicas e Canções tomarem a grafia inicial com “K”, “Kontos, Krônicas e Kanções”.

Segundo o autor, as três palavras com “K” reforça ao leitor que o escopo está vinculado ao Nikkei, que colocadas num círculo vermelho (sol), o que deu origem a composição da bandeira japonesa para a capa, não foi intencional.

Arquiteto de formação, cartunista, escritor, jornalista e cronista, Silvio Kazushi Sano ou Silvio Sano como é mais conhecido revela uma personalidade criativa e irreverente em suas diversas atuações. Em sua primeira fase literária, adotou o nome Silvio Sam, em vista de o primeiro livro se tratar de um romance policial e também para que o leitor não achasse se tratar de algo ligado à comunidade japonesa.

“Com o tempo, como na língua japonesa a pronúncia desse sobrenome começou a se confundir com o tratamento japonês “san” (senhor), para a alegria do meu pai, retomei de vez o original, Sano”, revela o autor.

Sua primeira participação como cartunista aconteceu em 1977, no IV Salão Internacional de Humor de Piracicaba, com um cartum inspirado na realidade que testemunhou durante a aventura de mochileiro. O trabalho foi publicado também pela revista Veja (nº 468, Artes, 24/08/1977).

Após um período atuando como arquiteto em uma grande empresa de construção, casou-se e voltou novamente ao Japão em sua lua de mel. Cinco anos mais tarde, já com o filho, novamente foi ao Japão para um curso de pós-graduação em arquitetura na Universidade de Nagoya, onde morou por dois anos. Neste período, conheceu os arquiteto japonês Mitsuaki Kurahashi, que ao lado de Tsuneichi Matsunami, proprietário de uma galeria de arte naquela cidade, possibilitou a realização de uma mostra individual.

Um ano e meio após retornar ao Brasil, vítima da onda de violência urbana que já assolava o país, novamente partiu para o Japão, chegando a desempenhar a função de mediador entre agência de dekasseguis e trabalhadores brasileiros naquele país. Essa experiência, pelo convívio com cerca de mil dekasseguis nipo-brasileiros num período de três anos e meio, o levou à literatura (Sonhos Que De Cá Segui) e à crônica jornalística.

Seu primeiro livro, o romance policial O Sequestro, foi lançado em 1996. No ano seguinte, vieram O Meio Faz o Homem e Sonhos Que De Cá Segui. A seguir, lançou Dekassegui, Com os Pés no Chão… no Japão, em parceria com o Prof. Reimei Yoshioka. Em 2006, veio Confrontos & Conflitos; em 2009, a 2ª edição de Sonhos Que De Cá Segui; e, em 2010, unindo o útil ao agradável, já que é corintiano, publicou Corinthians 100 Anos – Gols Ilustrados (Editora Imprensa Oficial), em homenagem ao centenário do clube de coração.

Passou também a escrever artigos e crônicas e desenhar charges e caricaturas nos jornais da comunidade, além de escrever haicais em português. Organizou concurso nacional, compôs versões em português de músicas japonesas para ser cantadas em karaokês.

Em 2001, em Suzano, foi homenageado com um comenda pela Câmara Brasileira de Cultura.