O melasma, uma condição cutânea caracterizada por manchas escuras e irregulares no rosto, é um problema que afeta não apenas a estética, mas também a autoestima de muitos. Nesse contexto, a Dra. Fernanda Cassain, médica formada pela Unicamp com pós-graduação em dermatologia, lança luz sobre a condição e compartilha insights valiosos acerca de suas potenciais abordagens terapêuticas.
O aumento da produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele, é o principal culpado por trás do melasma. Essas manchas, que geralmente aparecem no rosto, são mais prevalentes em mulheres e em pessoas com pele mais escura. Embora as causas exatas do melasma não sejam totalmente compreendidas, fatores como exposição solar, alterações hormonais, predisposição genética e uso de contraceptivos hormonais podem desempenhar um papel significativo em seu desenvolvimento.
Segundo a doutora, o tratamento do melasma é um processo complexo que requer paciência e uma abordagem multifacetada. O primeiro passo essencial é a proteção solar rigorosa. Diferentemente dos protetores solares químicos, os físicos bloqueiam não apenas os raios UV, mas também a luz visível emitida por fontes como lâmpadas e telas eletrônicas.
Em seguida, entram em cena os cremes clareadores, que podem conter ingredientes como hidroquinona, ácido azeláico, ácido kójico e tretinoína. Estes ajudam a reduzir a produção de melanina e a clarear as manchas escuras da pele.
Além dos cremes, procedimentos dermatológicos como peelings químicos, microagulhamento e terapia a laser também podem ser eficazes. No entanto, é crucial ressaltar que esses procedimentos só serão realmente eficazes se combinados com o uso adequado de protetor solar e cremes clareadores.
Embora haja uma pressão crescente por parte do mercado em relação às terapias com tecnologias avançadas, estudos mostram que os cremes ainda são superiores aos lasers no tratamento do melasma. Além disso, é fundamental que os pacientes entendam que o tratamento do melasma é uma jornada contínua, com duas fases distintas: a fase de tratamento e a fase de manutenção.
De acordo com a Dra. Cassain, cerca de 25% dos pacientes experimentam um clareamento total após apenas dois meses de tratamento, enquanto para os outros 80%, esse resultado pode levar até 12 meses. É importante destacar que, embora haja avanços na área da dermatologia estética, o uso regular de protetor solar físico ou com cor é o pilar fundamental do tratamento do melasma.
O tratamento do melasma é complexo e requer uma abordagem cuidadosa e personalizada. Recomenda-se que os pacientes consultem um dermatologista para avaliação e orientação sobre o melhor plano de tratamento para seu caso específico. Com uma combinação adequada de proteção solar, cremes clareadores e procedimentos dermatológicos, é possível obter resultados significativos no controle do melasma e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
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