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Café coado é uma boa aposta para as cafeterias? Especialista responde na Semana Internacional do Café

“Investiria até em uma cafeteria só com cafés coados, pois há público para isso”, afirma Daniel Munari. (Foto: Divulgação)

É comum ouvir nas cafeterias modernas pedidos por cafés coados e o motivo não tem a ver com nostalgia ou moda retrô. À medida que os cafés especiais ganham força no Brasil, também cresce o público interessado na experiência da bebida e não só no consumo puro e simples. Mas, afinal, o café coado é uma boa aposta para o empreendedor que tem ou planeja abrir um coffee shop? Daniel Munari, barista com mais de uma década de mercado, tirou essa dúvida durante a Semana Internacional do Café. Com mudança no comportamento do consumidor, que cada vez mais aprecia e valoriza os cafés especiais, método faz sucesso também fora das residências.

Barista Daniel Munari. (Foto: Arquivo Pessoal)

O evento, que acontece até sexta, 18, tem uma programação com vários temas que dialogam com o momento atual do café no Brasil e no mundo. Indo direto ao ponto, Minari afirmou que “investiria até em uma cafeteria só com cafés coados, pois há público para isso”. E realmente há. De acordo com dados da ABIC, os brasileiros bebem cerca de 2 bilhões de doses de café por dia. Mais de 98% dos lares tem café de alguma forma e 84% é feito coado. Já o mercado de cafés especiais teve crescimento de 15% entre 2021 e 2022, segundo o especialista.

Então, dá para se jogar sem medo no modelo? Sim e não. Pelos números e comportamento de consumo, Munari defende que café coado é um bom mercado, mas ressalta a necessidade de cuidados para o sucesso da operação. O primeiro deles é a separação do que é vontade do empreendedor e o que o público quer. “Adequação é fundamental. Deve-se avaliar o perfil de quem comprará o café efetivamente naquela área escolhida, seus hábitos culturais e financeiros. É preciso entender quem quer apenas tomar um café e quem entende do produto e busca por experiências”, diz.

Outra dica importante é simplificar a escolha do consumidor. “De que adianta ter 15 métodos de preparo se o público não sabe diferenciar? O caos começa logo no momento do pedido, quando ele terá de escolher entre vários tipos de café e se vai ser coado na prensa francesa, na aeropress, etc. Nós, baristas, precisamos ter este termômetro para saber direcionar ou ampliar a jornada de compra, quando necessário”, finalizou.

 

Assessoria Contábil

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KARATÊ

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